Ensinar uma criança a lidar com medos e inseguranças é um dos desafios mais delicados da maternidade.
Especialmente na infância, quando tudo é novo, até tentar algo simples como pedalar pode parecer assustador.
Por isso, histórias infantis educativas são ferramentas valiosas: com leveza e afeto, ajudam os pequenos a nomear emoções e superar desafios.
A seguir, conheça um conto feito para isso — e para você ler juntinho com seu filho, na hora do descanso ou como parte da rotina noturna.
🚲 A história: A bicicleta que tinha medo de cair

Idade recomendada: 2 a 7 anos
Mensagem principal: O medo é natural, mas não precisa nos impedir de tentar
Numa pequena oficina de bairro, morava uma bicicleta vermelha chamada Bibi.
Ela era nova, brilhante e cheia de vontade de rodar por aí, mas tinha um problema: tinha muito medo de cair.
Enquanto outras bicicletas pedalavam felizes pelas ruas e praças, Bibi ficava ali, encostada no canto, tremendo as rodinhas.
— E se eu cair? — pensava ela. — E se alguém se machucar por minha causa?
Um dia, uma menina chamada Lia entrou na oficina com os olhos brilhando.
— Mamãe, essa! Quero essa! — disse apontando para Bibi.
O dono da oficina sorriu:
— Essa é uma ótima escolha, mas ela ainda está aprendendo a ter coragem.
Lia não se importou. Levou Bibi para casa, limpou com carinho e colocou uma cestinha com flores no guidão.
— Vai ser só a gente duas, tá bom? E eu prometo: se cair, a gente levanta juntas.
No primeiro dia, Lia subiu e tentou pedalar. Bibi tremia.
— Vamos devagar… — sussurrou Lia.
As rodinhas laterais rangiam, o chão parecia distante, e Bibi quase parou.
Mas Lia falou baixinho:
— Não tem problema se a gente errar. O importante é tentar de novo.
No segundo dia, elas foram um pouquinho mais longe.
No terceiro, um vento leve empurrou Bibi… e ela se desequilibrou!
TUM! As duas caíram no gramado.
Bibi pensou: “Pronto. Agora ela vai desistir de mim.”
Mas Lia riu.
— Que tombinho gostoso! Vamos tentar de novo?
E assim foi. Todos os dias, com erros, acertos e gargalhadas. Até que um dia… as rodinhas foram tiradas.
E Bibi pedalou sozinha.
O vento no rosto. As rodas girando. O medo ainda ali… mas bem pequenininho agora.
Ela descobriu que cair faz parte, e levantar é o que torna tudo possível.
E à noite, quando Lia guardou Bibi na garagem, a bicicleta sussurrou baixinho:
— Obrigada por acreditar em mim.
Fim. 🌙🚲🌼
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Por que essa história infantil educativa é tão eficaz?
- Explora emoções reais que as crianças vivem, como medo e insegurança
- Incentiva a resiliência e a coragem de forma natural e afetiva
- Ajuda os pais a iniciarem conversas sobre erro, tentativa e crescimento
- Traz uma linguagem próxima, fácil e visualmente suave, ideal para a hora de dormir
Dicas para ler com seu filho 💡
- Ao final da história, pergunte: “Você já sentiu medo de tentar algo novo?”
- Conte uma situação da sua infância em que também teve medo — isso fortalece o vínculo
- Use a leitura como estímulo para incentivar pequenos desafios no dia a dia: experimentar uma comida nova, tentar algo na escola, subir um degrau sozinho…
FAQs – Perguntas frequentes
1. Essa história ajuda mesmo crianças com medo?
Sim. Através da metáfora da bicicleta, a criança se identifica com o medo, mas vê o exemplo de superação e afeto. Isso cria segurança emocional.
2. Posso adaptar a história para outras situações?
Claro! A ideia central é sobre superar o medo com apoio.
Pode ser adaptada para situações como tirar a rodinha da bicicleta, começar na escola, fazer amigos, etc.
3. É muito longa para crianças pequenas?
Não. Ela é curta o suficiente para manter a atenção e longa o bastante para transmitir uma mensagem clara e tocante, ideal para crianças entre 2 e 7 anos.
4. Posso usar imagens junto da leitura?
Sim! Imagens ajudam na visualização e fixação. Uma ilustração simples de uma bicicleta com medo e uma criança sorrindo já encanta e conecta.
Conclusão: mais do que pedalar, é sobre confiar
Nem sempre o caminho é fácil — seja para pedalar, dormir sozinho ou fazer algo novo.
Mas quando a criança entende que errar faz parte e que ela não está sozinha, tudo fica mais leve.
Histórias como a da Bibi são mais do que leitura: são pontes emocionais, que ensinam de forma lúdica que o medo não precisa ser o fim — pode ser só o começo.
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